Encontro FONAPRACE!
A assistente social do campus de Parauapebas, Valéria de Sousa Brito. Participou nos dias 25 a 27 de abril do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE), encontro da regional norte e nordeste que ocorreu na cidade de CAMPINA Grande- PB.
O Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE) foi criado em outubro de 1987, e apesar do nome, é um encontro do qual participa não somente os pró-reitores, mas também coordenadores ou responsáveis pelos assuntos comunitários e estudantis das instituições federais de ensino superior do Brasil. Como assistentes sociais, psicólogas, pedagogas, etc.
Há o FONAPRACE nacional que ocorre sempre em Brasília-DF, bem como encontros regionais, no caso este se trata do Encontro Regional Norte e Nordeste. Onde se reuniram representantes das Universidades Federais da região norte e da região nordeste, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na cidade de Campina Grande- PB.
Entre os que compunham a mesa nos 3 dias de encontro, que ocorreu do dia 25 ao dia 27 de abril de 2018, estavam:
Maria Goretti da Fonseca, coordenadora do FONAPRACE regional do Nordeste. Da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB);
Mônica Barbosa, coordenadora do FONAPRACE regional do Norte. Da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
João de Deus Mendes, coordenador do FONAPRACE Nacional. Da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Neste encontrou falou-se do congelamento dos valores dos auxílios, visto que há 4 anos os valores são os mesmos, diminuindo assim o poder de compra. Já que houve aumento do salário e por consequência o aumento dos valores de produtos necessários para a sobrevivência.
Outro ponto relevante destaca-se os cortes do governo que afeta diretamente os auxílios, lembrando que o auxílio estudantil não se trata apenas da questão financeira, mas de saúde mental, lazer, e de forma geral, de cidadania. Bem como transformar o decreto do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) em lei, para que se possa ter maior segurança quanto a estes auxílios.
Outra pauta muito interessante levantada pela Professora Mônica, foi sobre a assistência estudantil para alunos de graduação à distância e pós-graduação. Já que este tipo de graduação não é mais privilegio apenas de faculdades públicas, já que cada vez mais universidades federais tem ofertado cursos à distância.
Dentro deste encontro existem os Grupos de Trabalho (GT), que são grupos formados pelos participantes das equipes técnicas das universidades, em que há discursões de como melhorar e fazer a assistência estudantil. E ao final dos trabalhos destes grupos há a criação de uma carta, que no caso deste evento foi a Carta de Campina Grande.
Os Grupos de Trabalho foram divididos em:
Avaliação Socioeconômica- Entre as questões levantadas estavam a informatização do processo do PNAES, número suficiente de servidores para a realização de todo o processo, e quais seriam de fato os indicadores sociais que deveriam compor na triagem desses auxílios;
Esportes- O GT esporte tratou sobre a importância das Instituições de Ensino Superior (IES) garantir a realização e apoio para práticas esportivas e promoção da saúde, assim como para o desporto e paradesporto educacional e de rendimento. Necessitando de estrutura física, manutenção e aquisição de material esportivo técnico.
Restaurante Universitário (RU) - Reivindicaram a participação de nutricionistas na elaboração das estruturas do RU, e orçamento próprio para a manutenção do mesmo.
A Psicologia e seus desafios na Assistência Estudantil- Levantaram pontos como garantir cultura e lazer para a contribuição no ensino e aprendizagem. Estabelecer apoio e parcerias com intersetores e redes de apoio.
Observatório de Políticas Públicas- Relataram sobre um olhar mais amplo sobre a assistência estudantil, bem como buscar informações com os egressos que receberam os auxílios estudantis que benefícios foram agregados a sua vida, com este programa. Ressaltando a importância do Cadastro Único dos estudantes com o cruzamento de dados com os demais órgãos federais.
Para finalizar este relatório nada melhor do que as palavras da professora Mônica:
“A assistência estudantil é luta e resistência”.