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Por que nos sentimos só?


Talvez nos tempos de primórdios, andar em grupo era uma questão de sobrevivência. Hoje, com a modernidade, somos extremamente capazes de viver, sem necessariamente ter alguém ao lado. Fisicamente damos conta, mas será que emocionalmente estamos preparados?

Quem nunca teve a sensação de estar sozinho, sem ninguém para contar uma novidade, ou um amigo para desabafar um problema. Infelizmente, tem se tornado comum. Ao mudarmos de cidade, de escola, de vizinhança, nos deparamos sem ver aqueles rostos familiares e a sensação de insegurança pode bater à porta.

Mas, sentir-se sozinho nem sempre significa estar realmente só. Sentimo-nos sozinhos quando não estamos conectados a alguém mesmo estando ao lado, mesmo estando de mãos dadas. Se sentir sozinho é muito além do que os olhos podem ver. A solidão só é vista pelo coração. Ela é sentida, não dá para tocar, só dói.

Isso é bem normal, mas muita solidão pode desgastar a nossa saúde física e mental. É diferente de querer um “tempo para si”, ou estar sem atividades para fazer.

De fato, um estudo recente descobriu que a solidão aumenta o risco de mortalidade em 26%.

Como com qualquer outra coisa, se você quer mudar a solidão na sua vida você precisa admitir o que está sentindo.

"Depois de identificar isso pense de que forma você está se sentindo só ou meio fora de lugar", disse a psicóloga clínica Lauren Kachorek ao HerCampus sobre sentir-se sozinho na faculdade. “A pessoa tem que entender mais sobre o que [a solidão] significa para ela e o porquê e como ela se sente dessa forma. Explorar mais isso é realmente a melhor forma de fazer com que o sentimento desapareça". Se você participa de um grupo onde a atividade tem algum significado para você e você curte é bem provável que isso mostre o melhor de você.

Uma grande forma de quebrar o ciclo da solidão é procurar ajuda profissional. Em um estudo sobre a solidão, o psicólogo John Cacioppo, da Universidade de Chicago, e seus colegas concluíram que a terapia individual era provavelmente a maneira mais eficaz de mudar padrões de pensamento e crenças em torno da solidão, tais como vergonha e baixa autoestima.

"Como primeiro passo, há a necessidade de aumentar a conscientização das pessoas - e dos profissionais de saúde - de que a solidão é uma condição que, como a dor crônica, pode tornar-se uma aflição para quase todas as pessoas", escreveram os autores do estudo.

A solidão é algo sério. Felizmente há muitas coisas que você pode fazer para mudar.

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